Levantar a bandeira da música autoral e conceitual foi a principal motivação para a formação da Bent.vi: Luiz Bento (Vocais e guitarras), David Dinucci (Guitarras), Lucas Caetano (Bateria) e Wallace Santos (Baixo) fizeram de Macaé, Rio de Janeiro, apenas o berço do mundo que têm a conquistar.
Numa mistura de influências do rock, noise e MPB, desde setembro de 2009 a Benti.vi busca trilhar caminhos no cenário underground norte fluminense. Criada por Luiz Bento (Vocais e guitarras), David Dinucci (Guitarras), Lucas Caetano (Bateria) e Wallace Santos (Baixo) em Macaé (RJ), a banda tem como objetivo levantar a bandeira da música autoral e conceitual. Pó de Vidro, EP de estreia da banda, foi lançado de forma independente em maio de 2014.
Capa do EP "Pó de Vidro" |
Entrevista
Conversamos com a Bent.vi, e você pode conferir abaixo essa entrevista exclusiva:
Quem são os integrantes da Bent.vi?
Bento: O David, Lucas e Wallace já tocavam juntos, num power trio que eu já tinha visto em alguns festivais. Antes da Bent.vi tive outras 2 bandas, onde comecei a arriscar e esboçar letras e melodias, chegando num ponto em que eu não conseguia mais fazer cover. Fazer um trampo totalmente autoral acabou se tornando a minha maior meta musicalmente falando, fato que destoava um pouco dos objetivos dos outros companheiros das banda passadas. Fiquei um período compondo coisas sem ter uma banda de apoio, ou seja, quando eu e o David resolvemos montar a Bent.vi já tínhamos muita coisa encaminhada. O trabalho mais difícil (provavelmente levaremos a vida toda nisso) foi achar uma sonoridade que nos identificasse enquanto banda, e isso tem sido um processo contínuo, que é reflexo direto das coisas que estamos lendo, ouvindo, e as pessoas com quem nos relacionamos.
Como surgiu a banda?
Dinucci: A banda surgiu no momento em que fui ver uma apresentação solo do Bento ainda na época da antiga banda dele, em 2009, e me empolguei de cara com o material autoral. A gente estreitou os laços pela internet e começou a projetar o que viria a ser a Bent.vi.
Quais são as principais influências da banda?
Bento: Cada um escuta coisas bem diferentes, acho que isso acaba contribuindo para o som ter essa característica de desconsiderar uma necessidade de enquadramento. Eu ouço bastante MPB, e também gosto da sujeira e dos ruídos sem compromisso com uma estética polida e comercial que o universo noise sugere. O David é um rato de sons, baixa discos e mais discos por semana, o que o faz ter bastante ferramenta na hora de produzir e compor. Lucas e Wallace são os caras que não contribuem tanto com referências sonoras, mas com bastante criatividade, talento e disposição, já que são músicos que vêm de uma escola diferente, de tocar na noite, etc... As musicas, mesmo as que escrevo, acabam tendo um pouco de todos, porque os esboços são apenas caminhos e todos colocam um pouco de si nas canções.No final todos contribuem do seu modo.
Mesmo sendo uma banda com elementos do novo indie brasileira, dá pra perceber no som de vocês uns toques de O Rappa, e até Soundgarden. Qual é a proposta do trabalho de vocês?
Dinucci: Parece estranho mas eu nunca tinha reparado esse toque d'O Rappa no nosso som, até pouco tempo atrás, quando alguém comentou a mesma coisa comigo. Como Bento disse, quem mais traz referência sonoras de fora da banda somos eu e ele. Mas nossa proposta é tentar construir algo diferente. Claro que a gente entende a importância das referências nesse processo, porém nosso maior interesse é usar isso como ponto de partida pra algo novo.
Como é o processo criativo?
Dinucci: O processo de composição principal é o que começa com o Bento trazendo a música para o ensaio com melodia e letra praticamente definidas, depois com nós quatro buscando entortar aquilo da forma mais conveniente. Esse processo é mais intuitivo que racional. Dificilmente ele varia mas, por exemplo, "Espero" Bento e eu compusemos juntos 50/50 e "Eu Escolho Plantar Luz" foi mais conversada do que tocada antes de entrar no estúdio e se transformar naquilo que está no EP.
Como foi a produção do disco?
Dinucci: O disco vem sendo ruminado desde Agosto de 2013. A pré produção rolou basicamente entre o estúdio onde ensaiávamos e o boteco do Mick Jagger, lugares onde as canções tomaram corpo entre ruídos e copos.
Apesar da banda existir desde 2009, a única canção do EP da época do inicio da banda é "Espero", feita em 2010. Todas as outras nasceram ou tomaram corpo a partir do ano passado, quando a gente começou a encontrar a sonoridade que queria pro EP. “Pó de Vidro” de certa forma tem a ver com a desconstrução de uma coisa pronta que era o que a gente tinha encontrado/construído com a banda entre 2009 e 2012, em troca de algo mais nocivo e cortante.
Explica pra gente o nome "Bent.vi"?
Dinucci: Quando nós começamos a tocar o projeto, a ideia era de que fosse algo tendo como centro o Bento, que é o principal compositor da banda. Acabou não sendo. Porém nós chegamos no nome a partir dessa ideia. Bento+alguma coisa.
Quais são os projetos atuais da banda? E os planos para o futuro?
Bento: Primeiro vem divulgar o Pó de Vidro da melhor maneira que a gente puder. Depois temos vontade de produzir e gravar mais coisa logo. E tocar/trocar para/com uma galera que, assim como a gente, não enxerga tanta distancia entre quem vê e quem faz o som, mas que quer ajudar a fazer a experiência acontecer junto com quem toca.
Você pode acompanhar o trabalho da Bent.vi acessando os links:
Bandcampo: http://bentvi.bandcamp.com/
Bandcampo: http://bentvi.bandcamp.com/
Facebook: https://www.facebook.com/bent.vimusica
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